O piriforme é um músculo fino que se insere no sacro ao nível das vértebras S2-S4 e se estende por baixo do glúteo máximo até à parte superior do fémur, na região posterior da bacia. A sua função é efectuar a rotação externa do fémur, a extensão e a abdução da coxa, tendo um papel importante na estabilização da junta sacroilíaca.
A contractura e hipertrofia (aumento de tamanho) do piriforme pode comprimir o nervo ciático, que passa por baixo dele, originando a síndrome do piriforme, que se caracteriza por dor na nádega que pode irradiar para a parte posterior da coxa e estender-se para a perna.
Uma disfunção do músculo piriforme pode causar assimetrias nos quadris que, por sua vez, podem originar desequilíbrios na coluna vertebral. A síndrome do piriforme acontece quase sempre do lado esquerdo e afecta principalmente as mulheres, podendo em casos graves limitar as actividades diárias. Estas situações mostram a importância de efectuar alongamentos que equilibrem os dois lados do corpo quando se trabalha este músculo através de posturas de yoga.
É frequente confundir-se a ciática causada por hérnia discal com a síndrome do piriforme porque ambas causam dores ao longo do nervo ciático, embora neste último caso a dor comece nas vértebras do sacro, enquanto que no caso de hérnia a dor começa ao nível lombar, que se faz sentir especialmente com a extensão do pé. Uma disfunção do músculo piriforme pode ser acompanhada por dor inguinal, dor de barriga e dor na parte interna da coxa.
As causas mais frequentes da síndrome do piriforme são um trauma direto nas nádegas, um movimento violento, má postura, mau apoio do pé no chão ou uma cirurgia que provoque cicatrizes do tecido conjuntivo. O tratamento convencional da síndrome do piriforme pode envolver medicamentos anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos e/ou fisioterapia.
O Yoga no Tratamento da Síndrome do Piriforme
Para se compreender como é que as posturas de yoga tratam a contractura e hipertrofia do piriforme é necessário perceber como funciona o músculo. Quando a anca está numa posição neutra, o piriforme actua na rotação externa, na flexão e na abdução da articulação da anca. Quando a anca está flectida mais que 60 °, o piriforme actua na rotação interna e na extensão, mantendo a sua função de abductor. Os músculos alongam quando se movimenta uma articulação na direcção oposta à direcção de acção do músculo. Por exemplo, em supta rajakapotasana, a postura representada na figura ao lado, a anca está flectida e rodada exteriormente, o que provoca o alongamento o músculo que, nesta posição, faz a rotação interna da anca. Quando, nesta postura, se alonga a parte de trás do tronco e apoia o sacro no tapete, o ponto de inserção do piriforme afasta-se do fémur, acentuando o alongamento.
Nesta postura aplica-se o ritmo lombar-pélvico para fazer a distensão do piriforme. O ritmo lombar-pélvico refere-se a um tipo de acoplamento articular que resulta quando a movimentação da cintura pélvica num dado sentido produz um movimento correspondente na região lombar. Assim, a flexão anterior produz o alongamento da lombar e, no sentido contrário, a rectroflexão pélvica produz a flexão da lombar.
Variantes de supta rajakapotasana podem ser usadas quando a postura final não é acessível. Uma das alternativas, que é frequentemente usada em fisioterapia, consiste simplesmente em cruzar uma perna sobre a outra e puxar os dois joelhos ao peito, como se mostra na figura ao lado.
Todas as posturas que fazem a adução e rotação da anca, como por exemplo parvritta trikonasana, supta padangusthasana e marichyasana III são recomendadas para o alongamento do piriforme.
Créditos imagem de capa: https://www.yoganatomy.com/the-piriformis-muscle-yoga-anatomy
Créditos imagem piriforme: http://www.corporepx.com.br/noticias/sindrome-do-piriforme-93.aspx
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