O treino da respiração é fundamental como preparação para a prática de prāṇāyāma que é a quarta etapa da prática de Yoga, de acordo com o Yoga Sūtra de Patañjali.
O termo prāṇāyāma engloba um conjunto de técnicas (respiração, bandhas e mudrās) que se destinam a desbloquear a circulação da energia vital, o prāṇā, através do corpo. A respiração abdominal ou diafragmática dirige o ar para a região abdominal e envolve a expansão e a retração controladas do abdómen durante as fases de inspiração e de expiração, respectivamente. A respiração torácica ou intercostal provoca a variação de volume da caixa torácica através da expansão/contração vertical e lateral das costelas e, a respiração clavicular inicia-se por uma respiração torácica que é continuada de modo a levar o ar à parte alta do tórax, causando a expansão sucessiva das costelas e das clavículas na inspiração e o relaxamento sequencial da parte alta do tronco e da zona torácica, com a expiração. A realização destas técnicas deve ser feita de modo controlado, sem criar qualquer tensão no corpo, que deve estar colocado num postura estável e confortável. Depois do treino individual de cada uma destas técnicas respiratórias pode fazer-se a respiração completa, que junta as três respirações – abdominal, torácica e clavicular. O movimento deve ser feito de modo contínuo, de tal modo que as três fases da respiração completa sejam uma única inspiração e uma única expiração, amplas. Esta respiração deve seguir um fluxo unitário e sem esforço que, aos poucos, fica mais solto e natural.
O domínio da respiração completa é necessário antes de iniciar os prāṇāyāma de maneira consciente e controlada. Embora a prática da respiração completa não seja, em si mesma, um prāṇāyāma, traz já diversos benefícios para o corpo e para o aquietar da mente.