A Felicidade, os Desejos e o Yoga

Amanhã  começa um Novo Ano.

Naturalmente, como acontece em todos os começos, instala-se em nós a vontade de o acolher felizes e o desejo de prolongar essa felicidade por todos os dias que se seguem. Nada mais natural.

Porque não somos, então, capazes de concretizar este desejo e deixamos que nos invadam sentimentos de imperfeição, de falha, de falta, de incapacidade, que deitam por terra todas as intenções formuladas? Será lícito pensar-se que isso nos acontece porque em determinada altura abandonamos essa vontade? Será que desistimos de querer ser felizes? Não, não parece que essa seja uma justificação possível.O problema está em que não sabemos distinguir alegria de felicidade. A alegria, tal como a tristeza, são estados que resultam de situações que nos são exteriores, isto é, de termos ou não conseguido realizar os nossos desejos, aqueles que dependem das nossa capacidade de concretização e os que não podemos controlar.

A felicidade é muito diferente da alegria. É um estado natural, que encontramos dentro de nós, independentemente dos desejos e da sorte ou das vicissitudes do nosso dia-a-dia. É um estado de alma, que nos dá bem-estar e equilíbrio, algo muito mais profundo do que a sensação de conquista que a realização de desejos nos dá.

Esta procura, esta pesquisa de nós mesmos e da nossa interligação uns com os outros, à Natureza e ao Universo, é aquilo que nos pode mostrar que a felicidade é a nossa natureza e não qualquer coisa que está separada de nós e precisa de ser procurada no exterior, com aquela sensação aflitiva de quem procura uma agulha num palheiro.

É a fechar os olhos, a respirar e a olhar para dentro que A trazemos à superfície e aprendemos a viver num estado de tranquilidade e calma, felizes. E é nesse estado que conseguimos fazer as opções correctas tendo em vista o bem de todos.

A isto, cada um chama o que quiser. No Yoga Lab chamamos-lhe YOGA.

A TODOS, FELIZ ANO NOVO